O Dead Rising Deluxe Remaster tenta reviver o sucesso do clássico de zombies de 2006, mantendo o espírito de sátira do consumismo e a jogabilidade frenética que envolve o uso de qualquer objeto ao alcance para dizimar hordas de zombies. Esta nova versão, disponível para PS5, Xbox Series X/S e PC, apresenta gráficos atualizados com visuais 4K e uma taxa de 60 fps, o que traz uma renovada sensação de imersão ao caos dentro do icónico Willamette Parkview Mall.
Como em 2006, o protagonista Frank West, um fotojornalista destemido, investiga o porquê da cidade estar sob quarentena militar, documentando os horrores que presencia. O jogo não é apenas uma exploração de violência desenfreada, mas uma crítica astuta ao consumismo norte-americano, com zombies a representar, de forma simbólica, o desejo insaciável de consumo numa sociedade moderna. O cenário do centro comercial continua a ser um espelho disso, onde tudo — desde um televisor a um carrinho de compras — pode ser convertido numa ferramenta de destruição, ao mesmo tempo que o jogador é recompensado por capturar fotos chocantes e sensacionalistas.
No entanto, se compararmos com o remaster de 2016, esta versão parece estar mais focada em atrair novos jogadores do que os veteranos da série. Para aqueles que jogaram o original ou o remaster de há oito anos, a nova iteração pode parecer uma oportunidade desperdiçada, já que não introduz mudanças profundas na narrativa ou nos principais elementos da jogabilidade. Por outro lado, os gráficos são uma melhoria significativa, especialmente os efeitos de iluminação que brilham em superfícies limpas, criando uma atmosfera ainda mais imersiva — até ser manchada com sangue de zombies.
Melhoria Gráfica e Jogabilidade Modernizada
Enquanto o jogo original contava com gráficos que eram adequados para o seu tempo, o remaster atual utiliza o motor RE Engine da Capcom, o mesmo usado para os recentes remakes de Resident Evil. Este upgrade proporciona um detalhe impressionante em ambientes e objetos, com sombras e texturas bem trabalhadas que dão uma sensação mais autêntica à exploração do centro comercial. A variedade de armas improvisadas também se destaca com os novos gráficos: televisores, disjuntores, CDs e até carrinhos de supermercado são utilizados de forma criativa para derrotar os mortos-vivos.
Além das melhorias gráficas, a jogabilidade foi também suavizada. O esquema de controlos foi modernizado, eliminando os controlos “tanque” do jogo original, o que facilita o movimento e a precisão nas lutas contra os zombies. Isto torna a experiência mais acessível, especialmente para novos jogadores, permitindo-lhes desfrutar da absurda e divertida violência sem os obstáculos que antes existiam. Os “autosaves” também foram incluídos, um ponto positivo para aqueles que não querem perder horas de progresso por se esquecerem de guardar o jogo antes de uma luta importante. Apesar disso, há um sentimento nostálgico que pode ser perdido com estas facilidades, já que a mecânica original de progressão e “prestige points” obrigava a um planeamento mais meticuloso e uma repetição quase estratégica de alguns segmentos do jogo.
Personagens e Humor
Uma das mudanças mais subtis, mas que pode causar algum desconforto entre os fãs antigos, são as novas representações dos personagens. Enquanto o jogo preserva a tonalidade ligeiramente cartoonista dos personagens, as melhorias gráficas tornam algumas personagens algo estranhas e, em certos casos, menos expressivas. Frank West, o protagonista, é um dos que mais sofre com estas mudanças. Embora seja conhecido pela sua personalidade arrogante e destemida, as novas representações faciais deixam-no com um ar mais comum, quase apagado, o que pode tirar algum do carisma que fez dele um personagem tão querido entre os fãs.
Contudo, o humor negro e satírico permanece intacto. O jogo continua a explorar situações absurdas com um tom leve e divertido, misturando momentos de tensão com humor caricatural. A inclusão de trajes ridículos para Frank, como o icónico fato de Mega Man, continua a proporcionar momentos hilariantes. Além disso, algumas mudanças modernizam a forma como o jogo lida com tópicos mais delicados. A Capcom, por exemplo, removeu a controversa mecânica de ganhar pontos ao tirar fotos “eróticas” das personagens femininas, uma decisão que reflete uma maior sensibilidade nos tempos modernos.
Para Fãs Antigos e Novos Jogadores
Se és um jogador que já está familiarizado com o jogo original, o Deluxe Remaster pode parecer uma faca de dois gumes. Por um lado, há melhorias visuais e algumas conveniências modernas que tornam o jogo mais fluido e acessível. Por outro, não traz tantas novidades que justifiquem uma nova compra para quem já jogou as versões anteriores. Para os novatos, no entanto, o Dead Rising Deluxe Remaster oferece a experiência mais refinada de um clássico que, apesar de algumas falhas, continua a ser uma divertida e inteligente crítica social disfarçada de jogo de ação.
Conclusão
No final, o Dead Rising Deluxe Remaster consegue manter a essência do jogo original, com as suas peculiaridades e charme intactos, ao mesmo tempo que suaviza algumas das suas arestas mais duras. Para os novos jogadores, é uma ótima maneira de entrar neste mundo caótico e surreal de zombies e consumismo. Para os fãs mais antigos, pode não oferecer grandes inovações, mas ainda assim, vale pela nostalgia e as melhorias gráficas.
Abaixo fica uma análise feito num vídeo e publicado no YouTube da famosa e bem conhecida empresa GameSpot sobre o artigo que acabamos de analisar sobre Dead Rising Deluxe Remaster caso tenham interesse em quererem uma “segunda opinião” e ver e ouvir factos que não tenham sido apresentados no artigo lido.
Confere análise da GameSpot de Dead Rising Deluxe Remaster abaixo:
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